Elton John – 73 anos

Quem me conhece sabe que eu sou apaixonada por Eltinho. Eu amo suas músicas, sua história, sua personalidade e confesso que me inspiro muito no seu estilo extravagante.
Duas grandes frustrações minhas até hoje são 1) não ter tido disciplina para aprender qualquer instrumento que me permitisse tirar qualquer música dele; 2) não estar de alguma forma preparada quando ele anunciou shows no Brasil e simplesmente não ter ido. Mas vida que segue, pelo menos a primeira ainda dá pra contornar.

Elton John no Festival de Cannes 2019

Bem, esse simpático senhor ontem completou 73 anos, e eu resolvi aproveitar para fazer um post todinho para ele. Embora obviamente ele nunca venha a ver, espero que vocês se deliciem sabendo um pouquinho mais sobre Sir Elton John.

Nascido em 25 de março de 1947, Reginald Kenneth Dwight cresceu em um tipo de habitação social em Londres, e teve seu início na música ainda muito cedo, já sabendo tocar piano com 3 anos de idade. Seu pai tocava trompete, mas nunca apoiou o interesse do filho na área artística. Ainda assim, Elton passou a se dedicar à música, tendo seu talento logo reconhecido por, chegando a ganhar uma bolsa de estudos na Royal Academy of Music aos 11 anos.

Infelizmente, sua infância foi um tanto conturbada, com uma mãe rigorosa, mesmo que carinhosa, e um pai completamente desnaturado, o que com certeza afetou bastante seus problemas de autoestima e insegurança no futuro. A situação melhorou após o divórcio dos pais, quando Elton tinha 15 anos, podendo ter, com o novo padrasto, finalmente a figura paterna que sempre sentira falta.

Sua vida muda aos 20, quando conhece Bernie Taupin, seu fiel amigo e parceiro de composição. A partir daí, os dois passam a escrever músicas para outros artistas, lançando um disco de estréia apenas 2 anos depois, em 1969. Entretanto, o primeiro single de sucesso veio apenas em 1970, Your Song, sendo parte do segundo disco. Com a música, conseguiu alcançar o Top 10 nos EUA e Reino Unido. A partir daí, a carreira decolou.

Infelizmente, com a fama vieram o vício em cocaína e remédios, a depressão, tentativas de suicídio, problemas em relações pessoais, dentre outras dificuldades. Quem assistiu ao musical Rocket Man (2019) pode ter uma ideia de sua trajetória e sua angústia quanto a aceitar e ter aceita sua sexualidade. Em 1976, Elton se assumiu bissexual, o que foi, para ele, apenas uma forma de fugir de especulações quanto a sua homossexualidade. Chegou, inclusive, a casar-se com uma mulher em meados dos anos 1980. A relação durou 4 anos, e apenas aí Elton conseguiu se assumir gay publicamente.


Já nos anos 1990, Elton passa a se relacionar com David Furnish, assumindo união estável em 2005, quando casamento entre pessoas do mesmo gênero passa a ser legal na Inglaterra, e oficialmente casando-se em 2014. Por meio de uma “barriga de aluguel, tiveram seu primeiro filho, Zachary, em 2010, e o segundo, Elijah, em 2013.

Elton, David, Zachary e Elijah em St. Tropez (2017)

Sua carreira é extensamente premiada, já colecionando Oscars, Globos de Ouro, AMAs, Brit Awards, Grammys, além ser o dono da música eleita pela United World Chart como a canção de maior sucesso de todos os tempos ─ Goodbye England’s Rose/ Candle In The Wind 1997: um remake de sua própria música Candle in the Wind (1973), re-escrita em tributo à Princesa Diana, amiga íntima de Elton John. Ele cantou a música apenas 2 vezes: durante os serviços do funeral e na gravação do single. Depois, prometeu nunca mais cantar, exceto a pedido dos príncipes Willian e Harry.

Para além da carreira como cantor, Elton foi, por mais de 10 anos, dono do time de futebol para o qual torcia, Watford FC. Atualmente, ajuda um time de futebol australiano e é dono de um restaurante em Hollywood.
Elton John se dedica também ao Elton John AIDS Foundation (ejaf.org) desde 1992, que levanta fundos para programas e políticas voltados à recuperação e tratamento de pessoas afetadas, pressiona governos para criar iniciativas de prevenção, além da luta contra a discriminação.

Puxando para a atualidade, Elton também está se voltando para a luta contra o COVID-19. No dia 29, próximo domingo, ele estará apresentando um concerto com 1 hora de duração, sem comerciais, que contará com a participação de diversos artistas, todos apresentando-se em suas respectivas casas e com seus instrumentos (devidamente higienizados?). A apresentação será uma produção da Fox e da iHeartMedia em homenagem aos profissionais que estão na linha de frente contra o vírus e, também, para encorajar a audiência a fazer doações às instituições que estão atuando em prol dos necessitados durante a pandemia. Billie Eilish, Alicia Keys, Mariah Carey, Tim McGraw, Backstreet Boys e Billie Joe Armstrong já estão confirmados, além de outros.

Enfim, é isso gente, esse é Eltin, ou Seu Eltinho. Quem quiser saber mais, fica a indicações:

filme

Rocketman (2019) ─ Dexter Fletcher

É musical, mas eu garanto que até quem não gosta de musical vai gostar desse. As atuações são incríveis, a montagem e os figurinos mais ainda. O filme é uma viagem ─ no caso, realmente parece que você está numa viagem sensorial pela vida dele. Vale muito conferir.

Esq: Taron como Elton; Dir: Elton nos anos 1970

livro

Me – Elton John Official Autobiography (2019)

Autobiografia que ele lançou ano passado mesmo. Já está na Amazon e eu, inclusive, já estou super aceitando de presente (meu aniversário é em julho, dá tempo de encomendar e mandar pós quarentena ─ esperemos).

documentário

Elton John: The Nation’s Favorite Song (2017)

O canal Bis transmitiu ontem o documentário em homenagem ao rocketman. Infelizmente não consegui assistir, mas está disponível para assinantes (kkkrying) no Bis Play

playlist

Para quem não conhece muito da música e tem interesse, indico fortemente a playlist criada pelo Spotify mesmo com seus principais hits.

Além desta, também tem o álbum Re:vamp the songs of Elton John & Bernie Taurpin, que são seus hits cantados por jovens artistas da atualidade. Provavelmente minha principal indicação aqui.

Tem alguma musica preferida dele? Comenta aí embaixo!

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